segunda-feira, 1 de agosto de 2011

make me strong


Mesmo após rajadas de trovão, blindada contra qualquer forma de mal. Com um sorriso no coração, há tempos quebrado e fadado a quase não bater, mesmo que algumas quedas ainda façam doer...a força que só um passado de dor pode proporcionar. Na verdade, não é como se os ferimentos não mais sangrassem e doessem, mas sim como se já tivesse em mãos os curativos, e suportasse aquela dorzinha, e compreendesse que é passageira. Pra quem já levou flechada no peito, arranhão no braço é quase nada. E o destino às vezes pode até vir com um prato de pedras a me servir...vem com pedra, neguin; que meus dentes são de concreto e meu estômago é de aço. Vem, que meu otimismo realista tá entendendo agora que a pressa é o mal mais sem sentido, e que se os males ocorrem por um bem maior (sempre), nenhum mal é absoluto. E que gratidão, respeito e consciência nunca saiam do pódio dos nossos valores. E que as adversidades nos tornem fortes, e não enrijecidos. Gratidão.

sábado, 23 de julho de 2011

O dom de tentar se iludir .

Você se apaixona. Não por uma pessoa em si, mas por um sonho, uma idealização, uma personificação daquele romance típico de cinema dos anos 50 ou novela das 6. Aí você vive - e quem dera o ato fosse tão simples quanto a palavra pequena, de duas sílabas, sendo elas duas consoantes e duas vogais. Mergulha naquela ilusão que você alimentou dia após dia, que criou como se fosse seu filho, ou sei lá, seu cachorro de estimação. Um belo dia, você abre os olhos e simplesmente vê que construiu um belíssimo castelo com estrutura do metal mais barato...e aqueles planos se dissipam, desabam.
E você acordou de maneira tão brusca que só o ato de dormir, ou melhor, sonhar, já lhe parece pesadelo. Qualquer insinuação, qualquer fagulha, suspiro ou pensamento que sugira uma possibilidade de romance é enfrentada como um crime, defendida com armas que vão de lanças indígenas, espadas e bombas caseiras à água benta e crucifixos.
Mas passado tempo considerável do trauma, lá está você: mais forte, entendendo e encarando com mais clareza os fatos ao redor. Até que aquela vida sentimental sem vida e sentimento - com proposital redundância para reforço da idéia - vai se mostrando menos sedutora que no princípio desse teu renascimento, e mais monótona. No início era divertido fazer o que eles fazem só por diversão. 'Desejo sem paixão; qualquer truque contra emoção...' . Mas aí, meu amigo, é que vez ou outra você sente que falta algo...e tudo o que você quer é voltar a dormir e reaprender a sonhar. E quando tudo já indicava que a insônia havia passado a fazer parte da vida...

Jéssica R.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Break on through, to the other side


Paralelo era o mundo em que ela se encontrava. As coisas pareciam-lhe mais interessantes, os fatos tinham mais importância e os sons, ah, os sons...ecoavam em sua mente, iam se afastando lentamente. O tempo ganhara outra medição, de outro planeta, galáxia ou fosse o que fosse. E ela diminuiu. Ou melhor: ganhou consiência do quão pequena era. A impressão era de que ela passou a vida inteira de olhos vendados, e repentinamente os descobriu, descobrindo também o mundo. Beleza, magia, miséria, tudo mostrava-se tão despidamente à ela, e ela, tão pequena que era e tão frágil que estava, notava as sutilezas que antes lhe passavam despercebidas. E já não havia mais linha tênue que distinguisse o real do imaginário; as verdades da mente e as verdades do mundo haviam finalmente se encontrado, fundiram-se e se transformaram em uma só. O caminho estava traçado, ela pôs-se a cruzá-lo...o outro lado é encantador, assustador e maior. O outro lado é a verdade da qual fugimos.

Jéssica R.

sexta-feira, 27 de maio de 2011





Eu optei por lutar. Não pense ser este um caminho sem volta; inúmeras são as oportunidades para se desistir. E a cada passo dado, mais surgem distrações, atalhos, caminhos tortuosos e as mais tentadoras - e sutis - formas de nos desviarmos do trajeto. Tudo o que se pede de nós é a força e a coragem para dizermos não àquilo que não nos cabe fazer. E sim para a fé em dias gloriosos, sim para a postura ética, firme e branda que devemos adotar. Sim para a atenção aos irmãos da caminhada. Sim para o progresso.
Abra as portas e as janelas pra que a luz possa entrar. E carregue o teu sorriso para os endurecidos você desarmar. Nao aperte o gatilho. Não beba destes pensamentos prontos. Isso tudo é uma máquina e você é uma pequena e fundamental engrenagem. Quebre. Pare. Desobedeça. 
Termine com a sessão de hipnose. 3...2...1. Abra os olhos para a verdade, e sinta você também o prazer que é optar por lutar.

Jéssica R.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Minha alma tá leve, e eu tô de volta !

sexta-feira, 8 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011


    




canetinha, caneta bic, lápis de cor e minha mão direita.

terça-feira, 29 de março de 2011

http://www.viradacultural.org/programacao

Vamos? :D

segunda-feira, 21 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

tô do avesso nesses dias, afim de fazer o inverso do de costume. e olha que nem tô de tpm heim.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dirijo (2008)

Duração: 13 minutos
Direção: Organização dos Professores Indígenas Mura e Raoni Valle



 

Uma coletânea de pequenos depoimentos de uma comunidade amazonense em que eles dão, entre várias denominações a uma certa planta, o nome de 'dirijo'. Muito usada antigamente entre os nativos para 'dar paciência durante o trabalho' (pesca e roçada), curar mal-estares, abrir o apetite dos adoentados e divertir o povo ao fim do dia em reuniões, foi atacado seu uso por missões proibicionistas da FUNAI, na década de 50. "Porque disseram que não prestava, que prejudicava muito eles, e eles foram deixando. Aí a cachaça ficou no lugar."
Tirem suas conclusões.


hipocrisianãotemlimites.


Jéssica R.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Obedecer, produzir e consumir; aí está a tríade que domina a sua vida.
[...]Não há nada que o assuste mais que a desobediência. Porque a desobediência é o risco, a aventura, a mudança.
(Documentário 'Da Servidão Moderna')

domingo, 30 de janeiro de 2011

. We're all ants .

Nós todos somos formigas. Todos, sem excessão. Que picam, incomodam e não fazem barulho algum. Que quando, individuais, se  importam com mesquinharias como pinçar o dedo de alguém por fúria, geralmente se dão mal em algum momento e são esmagadas. Que são minúsculos pontinhos imersos num pequeeno nada, num grande tudo. Que organizadas, podem desorganizar. Juntas, as milhares, milhões, bilhões de formigas podem sair de seus potes de açúcar e construir apoteóticos formigueiros subterrâneos, túneis em espiral tão exteensos e profundos que são capazes de derrubar imensos carvalhos, e em alguns casos, residências.
Antes de encerrar o texto, gostaria de pedir desculpas. É, eu menti. Porque enquanto essas mais de 6 bilhõees de formigas não abandonarem suas pequenices, convicções cegas, surdas, dogmáticas e adestradas, não pensarem no formigueiro como parte de si, em si como parte do forrmigueiro e não se unirem em prol de algo maior que grãos de açúcar espalhados na pia, não serão (seremos) mais  do que simples e meras não-formigas.

Jéssica R.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011


'Porque na rua ninguém mais se encontra, se esbarra. Ninguém mais se olha, se encara. Ninguém mais se ama, se amarra. Pra ser feliz, ninguém mais se joga se agarra!'
Mc Marechal

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010






Em troca dos artigos que enriquecem sua vida, os indivíduos vendem não só seu trabalho, mas também seu tempo livre. As pessoas residem em concentrações habitacionais e possuem automóveis particulares com os quais já não podem escapar para um mundo diferente. Têm gigantescas geladeiras repletas de alimentos congelados. Têm dúzias de jornais e revistas que esposam os mesmos ideais. Dispõem de inúmeras opções e inúmeros inventos que são todos da mesma espécie, que as mantêm ocupadas e distraem sua atenção do verdadeiro problema, que é a consciência de que poderiam trabalhar menos e determinar suas próprias necessidades e satisfações. 

(Herbert Marcuse, filósofo alemão, 1955.)

sábado, 18 de dezembro de 2010

controlando minha maluquez

Ser sonhador não é fácil em um mundo em que te ensinam que tempo é dinheiro. Que aproveitar a vida é encher a cara ao menos aos sábados, sem pular um.
É bobeira olhar pro céu, ver as estrelas, fazer hora na garoa só pra sentir cada glóbulo d'agua tocar a pele, sentir o cheiro de grama, desenhar, cantar, dar risadas sinceras e beijar sempre como se fosse a última vez. Pensar no outro não é, assim, uma grande necessidade. Às vezes, é difícil enxergá-la como opção.
Mais vejo as pessoas tomando atitudes velhas precocemente, e desperdiçando um brilho inocente e alegre de criança. A mortalidade entre idosos diminuiu, é verdade; o que de forma alguma quer dizer que as pessoas estão vivendo mais; acho que sobreviver substitui bem o vocábulo.
Mas sabe, por mais foda que seja, algumas vezes até bate aquele "orgulho saudável" de manter viva a vontade de viver e o hábito de sonhar. Não como que o mérito fosse somente meu; pretensão a minha seria se assim pensasse. É Deus guiando sempre essa filha que às vezes se faz de surda, cega, enfim...
E eu tenho visto essa vida sendo tão maravilhosa comigo. Me ajudando a abrir várias janelas da minha mente...me fazendo enxergar coisas que antes passavam despercebidas. 
Eu ando vendo as pessoas enrijecidas, há dureza nas palavras, e não pensem que eu fujo disso...é bem verdade que minha paciência nunca foi a maior do mundo. Mas tenho convicção de que já foi MUITO pior, e isso é o que me alivia. 
Acho que meu maior defeito e qualidade em conjunção é o de saborear. É o segredo da felicidade, saber sentir prazer nas coisas, mas quando você quer abraçar o mundo, viver na linha do horizonte, conhecer tudo, sentir tudo, as pessoas não te aceitam. E parece bobeira se preocupar com a aceitação alheia, mas quando a sua liberdade depende do que algumas pessoas vêem de você, é como manter ave de rapina em gaiola.
O que eles não entendem é que eu já não engulo seus soníferos, e que a gaiola que me deram já não serve mais. Não quer dizer que eu não os ame com tudo o que eu tenho, mas sim que eu já não aguento mais ser podada como as árvores da cidade.


eu só digo uma coisa: me aguardem

Jéssica R.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pra quê tantas correntes?

domingo, 12 de dezembro de 2010

Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
E que triunfe a força da imaginação~

(Oswaldo Montenegro)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"e aliás cá pra nós , até o mais desandado
dá o tempo na função quando percebe que é amado;

e as pessoas se olham e não se falam , se esbarram na rua e se maltratam.
usam a desculpa de que nem Cristo agradou, flw, cê vai querer mesmo se comparar ao senhor?"
(Criolo Doido)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vinte e três anos é muito pouco. Tá difícil de entender sabe? Às vezes tá tudo numa boa, mas tem hora que a ficha cai, e eu me dou conta de que não vou mais te ver, te abraçar, ouvir suas bobeiras nem mais nada quase...e isso dói, incomoda. Porra viu, 23 anos é pouco mesmo!

domingo, 28 de novembro de 2010

Querido papai do céu, livrai-me do aumento da nota de corte, amém !

Interpretando os fatos: as metáforas da vida (y)


Ah eu acho que tô ficando louca. As minhas poucas e últimas células sans, meus únicos traços de sobriedade, parece que estão sendo roubados dia após dia.
Eu tô vendo tudo à luneta e microscópio...essa proximidade toda assusta, sabe?
E ver que a possibilidade de se morrer jovem e com planos é real, ver que você pode estar bem hoje e não estar aqui amanhã, ver que em frações de segundos, passeios de bicicleta, moto, almoço, risada, sol forte e até uma ida à padaria mais próxima pode simplismente ser o último segundo, piscar e suspiro dessa vida que a gente leva tanto e tão pouco ao mesmo tempo, são dados no mínimo, muito intrigantes. Não, não me venha chamar de fúnebre. Muito menos de pessimista. É que, sinceramente? Dá medo. Eu tenho essa mania maldita de brisar nas coisas, pegar os fatos como se fossem pergaminhos bem comprimidos e os desenrolar, um por um, e digerir os assuntos, e pensar muito, por mais lento que seja o processo. E ver primo, amigo, cachorro, gato, papagaio indo embora tudo tão novo, me cheira a sussurro da vida, bem repetido e pausado, dizendo pra gente viver mais, sorrir mais, amar mais, curtir mais de cada um a nossa volta, empregar melhor o nosso tempo, tomar mais banhos de chuva, se sujar mais de barro, falar mais bobeira, olhar mais, admirar mais, e pasme, falar menos. 
A cada pesar eu sinto que maior é a minha responsabilidade de ser feliz aqui e agora. Vem o choro, vai um amigo, fica uma lembrança, e a certeza de que ontem foi um, hoje outro, amanhã pode ser eu ou você que está lendo. Por que não ter prazer em respirar e em olhar pro céu, em brincar com cachorros e fazer alguém se alegrar? 
"Não menospreze o dever que a consciência te impõe; não deixe pra depois, valorize a vida~"

Anderson, Fernando e Ricardo, esse foi pra vocês... olha por nós daí, galera!

Jah bless


Jéssica R.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"A todos é dado uma estrela; uns conseguem fazer dela um sol e outros nem conseguem vê-la"

quinta-feira, 11 de novembro de 2010


foto auto-explicativa .

terça-feira, 9 de novembro de 2010

"Ter uma vida. Ter um emprego.
Ter uma carreira, uma família.
Ter uma televisão grande... máquina de lavar,
carros, toca-discos, abridor de latas elétrico.
Ter saúde, colesterol baixo, seguro dentário.
Ter prestações fixas para pagar.
Ter uma casa. Ter amigos.
Ter roupas e acessórios que combinam.
Ter um terno feito do melhor tecido.
Se masturbar domingo de manhã pensando na vida.
Sentar no sofá e ficar vendo televisão...
Comer um monte de porcarias.
Acabar apodrecendo no final...
Ter uma família e se envergonhar dos filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo.
Ter futuro. Ter uma vida.
Por que eu iria querer isto?"

(não sei o autor)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Camisa de Força .

  Não se sabe ao certo quando e como tudo começou. Talvez no primeiro suspiro na ala de parto, num hospital do Bexiga em 1991. Talvez em 2007, quando começou a estudar publicidade e propaganda. Ou em 2010, quando notou algumas realidades. Parece que ela simplismente adormeceu por 18 anos e apenas agora despertou para a incontestável verdade de que as coisas não são como deveriam ser. Mas Deus, em sua soberana justiça e sabedoria, sabe o que faz escrevendo certo por linhas retas que nós fazemos questão de entortar. E colocou na vida daquela garota cega pessoas e fatos que a fizessem enxergar; mesmo que o processo demorasse um pouco.
Ao longo do curso de marketing, foi notando lentamente os movimentos de uma indústria que ela diria "embreagadora", por entorpecer uma maioria esmagadora, convencendo-a de que seus produtos não são nocivos, são saudáveis e de que a compra deles não resultaria em mal algum à nada ou ninguém.
Mas o grande choque, sem sombra de dúvida, foi em sua experiência como vendedora de cartões de crédito. O dever era induzir a pessoa à compra a qualquer custo, sem se importar com sua renda, suas condições ou coisa alguma. O que ela sentia com relação a isso ia muito além da mera "dó de quem não tinha dinheiro", era respeito e compreensão de que não era justo converncer alguém com 14 filhos e renda de R$300 por mês de que um cartão de crédito seria economicamente viável e vantajoso. Não demorou muito pra que a pressão exercida em sua mente se convertesse em problemas de estresse e ela se demitisse.
Quando se deu conta, viu o quanto a maioria trabalhava no escuro, sem ver o que faz, e amordaçada por não usar a boca como instrumento de protesto. Viu que no fundo, a escravidão não foi abolida, mas apenas mudou de figura: ou você colabora com o sistema, ou passa fome.
E esse sistema te engole, te enlouquece. Não é difícil você se deixar envolver por ele. Ele está nas suas roupas, nos cosméticos, naquilo que você come e na mídia. E te faz adoecer cada vez mais.
Os dias passam, e mais uma pessoa com distúbio alimentar como bulimia ou anorexia surge. Mais um rapaz sofre de parada cardíaca ao injetar em si mesmo anabolizantes para cavalos de corrida. Mais moças abortam em clínicas clandestinas. Mais árvores são cortadas, mais casacos de pele são vendidos, mais carros são fabricados e mais pessoas acham que coca-cola mata a sede. Mais e mais os humanos correm atrás de dinheiro como ratos em roda correm atrás do queijo. E quanto mais segundos passam, maior é o nojo e também a certeza da menina de que ela não quer mais contribuir com isso.
Será que é demais ela querer ser feliz nessa porra? Será que é muito querer liberdade, respirar liberdade, sentir liberdade?
Ah, cansei de falar na terceira pessoa...rs
Só sei que eu acuso e recuso isso tudo que o mundo diz que é muito e que tem pra me dar. E se eu gostar de arte? E se eu gostar mais de chuva, sol, praia, cachoeira e cheiro de grama do que calça da Daslu e shoppings centers? E se eu não quiser mais fazer parte disso?
Vão me chamar de louca, de sonhadora, de revoltada, de vagal...eu já ouvi muito disso e nem cheguei aos vinte...e sei que nada disso é verdade. A única coisa que eu sei é que a melhor forma de mudar o mundo é mudando a mim mesma. E eu não estou satisfeita com o mundo como está, e você?
É de amor que o mundo precisa. É de consciência que o mundo precisa. Todos têm um universo por dentro, mas não conhecem mais que um cômodo. E se cada um conhecesse a própria força, a própria luz, e a energia potencial armazenada, empoeirados seriam os sofás e gastos seriam os sapatos.

Merecemos tudo o que há de melhor nesse mundo, e sem a mínima culpa. Mas temos que mudar nossos conceitos sobre o que é realmente o melhor.
:D


Jéssica R.

domingo, 24 de outubro de 2010

'Eles pegam a palmatória e você estende a mão
Desde pequeno você é induzido a fumar induzido a beber e vendo a TV falar
Digam não as drogas, use camisinha e para de brigar
Mas beba muito álcool até a sua barriga inchar
O que você tem na cabeça?
Tudo que eles te falam você acha uma beleza
Aprenda a dizer não
Pense um pouco meu irmão
Você tem medo de quem?'
  
Planet Hemp

domingo, 10 de outubro de 2010

NECESSÁRIO?




Esse mundo louco é o melhor pra mim, porque foi nele que eu nasci e é nele que eu aprendo. Nele me fortaleço, e nele há tudo que preciso. É um mundo hibrido, com bem e mal em conjunção. Há natureza, e há guerras. Crianças famintas, e outras sorridentes. Há raiva, e amor. E há luz; luz em todos, luz em cada um. Umas escondidas, e outras não. Todos estão preparados para a luz, mas nem todos têm a coragem para expandi-la. Essa é a diferença, a grande diferença entre um humano e outro. Na verdade, acredito que seja a única. Difícil é despertar a luz sem conhecê-la. Mas não impossível.

 
 Agora alguém me diz, o que é que nos faz querer o que não quereríamos se não fossem as grandes vias de comunicação em massa ? O que é necessário de verdade ? Até onde nos daremos ao luxo dos excessos diários, das pseudo-necessidades, alimentando uma industria  assassina que criou com a população que consome um ciclo de dependência mútua, onde uma não vive sem a outra (justamente pra que ela- a indústria -  não definha) ? Essa porra tá errada, é cilada !


Jéssica R.

Saber superar o pesar com a certeza de que tudo ficará bem. Porque é fato: Deus não desliza. Ah mas que dá saudade dá. Periculoso, metido a bombado, mei' louco da cabeça, mas ainda assim eu te amo primo-irmão, pra sempre.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"No entanto, quero me pronunciar em termos práticos como cidadão, distintamente daqueles que se chamam antigovernistas: o que desejo imediatamente é um governo melhor, e não o fim do governo. Se cada homem expressar o tipo de governo capaz de ganhar o seu respeito, estaremos mais próximos de conseguir formá-lo."
Henry D. Thoreau

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Arte suja .

Bandeira Branca, por Nuno Ramos

Djan Ivson, pichador
   "Liberte os urubu", que na verdade deveria ser 'Liberte os urubus e os pixadores de BH', se a obra de Djan Ivson não houvesse sido interrompida, foi bafafá na capital paulista do último sábado do mês de setembro. Mas a arte exposta na 29ª Bienal Internacional de Arte em São Paulo era outra: entitulada 'Bandeira Branca' pelo autor Nuno Ramos, a 'obra' é formada por três esculturas grandiosas que sugerem túmulos, em que no alto de cada uma há tipos de chaminés em que se encontram urubus, e estes fazem parte do monumento artístico exposto. Estes urubus quase não saem e lá deverão ficar até o dia 12 de dezembro deste ano.
De parte da natureza à detalhes de uma obra
  Quando fiquei sabendo do ocorrido através de um noticiário matinal que eu assistia ao lado de meu pai, quase aplaudi. Mas me contive em dizer: 'quem é o artista e quem é o criminoso?' Brother, eu fiquei (puta) re-vol-ta-da  na hora, mas me enche a alma a satisfação de saber que a juventude não está perdida. A declaração da Fundação Bienal de São Paulo, em que disseram 'repudiar episódios de vandalismo e violência' é contraditória, já que permitiram esse ato de vandalismo e violência contra a natureza dessas aves; mesmo que marginalizadas pelo olhar humano no reino animal, são seres que merecem sua liberdade como qualquer outro (apesar da obra atender à todos os requisitos e 'procedimentos legais' no assunto). Em contraponto, o pixador Djan (legítmo autor de uma obra artística) disse fazer uma analogia entre os urubus presos na obra e eles, pichadores. 'Também somos demonizados, enxergamos as cidades do alto dos prédios e sobrevivemos de migalhas da sociedade, assim como a população da periferia'.
  Eu, Jéssica, declaro ser extremamente contra a pichação por pichação. E a favor de todo grito de protesto. Contra a exploração animal. A favor de uma arte limpa.



Jéssica R.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Como já cantava o urso do Mogli: necessário, somente o necessário; o extraordinário é demais...

sábado, 25 de setembro de 2010

Areia Movediça

E a cada passo dado te pareces mas difícil sair desse lamaçal?
Os movimentos desesperados parecem apenas confirmar a sentença de afundar, e afundar, e afundar; e afundar mil vezes até que se encontre ao fundo desse lago de areia e morra simplismente?
Bem, segundo o site HowStuffWorks, ou comotudofunciona, na areia movediça quanto mais você luta, mais você afunda, mas como seu corpo é menos denso do que ela, basta relaxar para flutuar. A verdade é que a areia movediça não é aquela temível força da natureza que vemos na tela dos cinemas: se você quiser mesmo saber a verdade, ela raramente tem mais de um metro de profundidade.
Pois é. Se parar pra pensar, o maior problema desse problema é problematizar o próprio problema! rs
O maior perigo, o maior risco da areia movediça é o movimento brusco, ao invés do relaxamento total. Sacou a idéia?
Vivemos num mundo sujo. E um mundo lindo, paradoxalmente falando. Numa conversa, daquelas intimistas que só os melhores e mais velhos amigos podem nos proporcionar (ainda que por msn), eu comentei: 'cara a cidade só fode vc ja percebeu?'
Ele me perguntou o porque de eu dizer aquilo, e logo completei a idéia num turbilhão de fatos e etc's que me vieram à mente: 'coisas q vc não pode comprar. pessoas falsas. coisas baratinhas. amigos sinceros. fumaça. na tv só tem merda. no rádio só dá estados unidos. a comida que td mundo come e é a mais gostosa, faz mal. existe um padrão pra td, e se vc não é forte o suficiente acha que estar fora dele é errado. td é dinheiro, dinheiro, dinheiro, e isso tá impregnado em td mundoooooo
 véi, isso tá uma loucura
 quem não está de acordo morre de fome
 e vivemos numa democracia? toma no orifício anal --' rs
'
Sabe, conheço casos verídicos de pessoas que têm sonhos, idéias incríveis e talentos mensuráveis e que não percebem, não vêem que estão sendo usadas em nome do dinheiro, abandonando suas vocações por muitas vezes. Talvez e muito provavelmente eu seja ou tenha sido uma delas por diversos momentos. TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO gira em torno do lucro. Criticam, dizem 'a burguesia fede' (meus respeitos e toda admiração ao compositor Cazuza), e corremos dia após dia atrás desse título. É, porque se o que eu entendi sobre o burguês ser um cara que enriquece pelo trabalho está certo, é o que pelo menos A METADE DO PLANETA almeja ser. Um aumento, uma subida de cargo e abanamos o rabo de alegria para os nossos donos que nos oferecem as mais precárias condições de trabalho. Mas vai além disso: o filho em casa tem que comer.
E forçar uma pessoa a viver enquadradamente (wtf? rs) por necessidades básicas como educação, saúde e dignidade sua e de seus próximos e dependentes diretos é um crime. Falta humanidade, falta o olhar atento.
E os direitos constitucionais? E o "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" ? O mendigo recorre à quem por violarem seu direito a igualdade, segurança, propriedade? Ao Brasil que colocou ele lá?
O mundo cria seus esquemas minuciosos, e os discordantes são seus dejetos. Os loucos não estão no manicômio, estão à solta. E da areia movediça, não saímos com braçadas fortes de ódio aos opressores. Revolução de verdade se faz com a força de dentro, que é a vontade pura de se mudar pra tentar mudar o resto. Da areia movediça, saímos com a tranquilidade de um sorriso, com um gesto de gentileza. E com atitudes que levem à mudança real. Pára de SÓ criticar o sistema, se você é a engrenagem que toca essa porra pra funcionar. Não se deixe engolir pela babilônia; faça o que é certo, o que julga ser certo. Se questione. "Não menospreze o valor que a consciência te impõe..."
Bora ser 'feliz pra sempre' ? :D


Jéssica Regina

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

carpe diem, fugere urbem e inutilia truncat. Super necessário.

Tão legal ver o desespero em que se encontra o candidato da oposição (:
free fallin' me faz ter a sensação de que eu não tenho culpa de nada.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dá aquela coisa estranha, bate aquela falta de fé. Aí tu se lembra que tem alguém acima de você que manja mais, muito mais da tua vida que você mesmo. Resistência quando você acha que já não aguenta mais, e uma vontade de largar tudo em nome da paz que nem em casa conseguimos manter...isso, nenhuma roupa de marca ou óculos de grife podem trazer. Jah vive, e vive perto.

Jéssica R.

Trying to find the answers

Venho pensando muito ultimamente. Calculando as coisas, somando valores, subtraindo passados, multiplicando vontades e tentando me dividir em pedaços, pra ver se minha melancolia fica assim que nem eu, fragmentada.
Tenho me perguntado constantemente - não que eu não tenha feito isso a minha vida toda; me perguntado se eu sei o que eu quero, se eu sei o que é certo, se eu sou capaz de fazer o que acho certo, enfim; bobagens. Mas não é como num questionário, nem como num interrogatório, nem com olhar de repreensão...me pergunto pra me provar, me pergunto com ar de curiosidade, porque por mais que pareça engraçado, eu me faço perguntas realmente sem saber o que irei responder. Estranho.
Sabe, eu sei que tá soando meio 'papo de esquizofrênico', 'papo de paranóico', 'papo de drogado', 'papo nada a ver', whatever!Acho notável a facilidade que os seres humanos, num geral, têm de se esquivar de verdades que não lhes são convenientes. E isso não é uma indireta, eu tô é falando de mim, a princípio. É só o que todos sabem fazer mesmo (além de julgar os outros, é claro.)
Sabe o que eu quero dizer com tudo isso?

N
A
D
A

Porque enquanto eu não fizer o meu máximo por tudo aquilo que eu pense valer a pena, palavras serão só palavras. Vamo parar de reclamar, de achar tudo chato, de dizer que tá tudo uma porcaria, ou de achar que tá bom assim, que tá tudo numa boa sem nos questionarmos. Vê se pega na porra dum martelo e construa um lugar melhor você mesmo. E é claro, sempre, sempre sorria! (:

Jéssica R.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eu desisti. Mas, não foi por medo de lutar; e sim por não ter mais condições de sofrer.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mesmo com todo o stress das bobeiras que por vezes me abalam, aqui estou. Me incomoda, mas já é bem menos viu ô! rs

FEEEELIZ! :D

quinta-feira, 1 de julho de 2010

The tree


E agora eu me vejo aderindo a amores de liquidação: funcionando à curtíssimo prazo apenas. São aqueles relacionamentos tipo Mc Donalds, que matam a fome na hora, e a sua saúde do dia seguinte. Cansei dos amores cultivados, da espera entre um sol forte e uma chuva ou outra, de dar o melhor de mim pra que aquilo cresça e dê certo, e um problema vir como um trator, destruindo tudo aquilo que criei como se fosse meu. Eu acreditei por vezes, que minha fosse a história; quem me dera. Depois do trator, ficaram apenas alguns pedaços das folhas e dos galhos, espalhados pelos meus caminhos. Não são muitos, e nem são grandes; mas às vezes é inevitável não me deparar com uma parte daquela muda que um dia eu quis que fosse uma árvore daquelas bem enormes. E aí, ao ver os restos da muda, eu me lembro do quanto o sol me cegou, do quanto cuidar da terra feriu minhas mãos, de quantas tardes de descanso eu sacrifiquei pra proteger meu pé-de-quase-amor da chuva, pra que ela não o levasse embora. Tudo o que eu posso fazer agora é olhar para cima e rezar pra não tropeçar em algum galho da história. Por que não semear um amor novamente, pra que ele cresça? Porque eu já não sei onde deixei minhas sementes.
Tudo o que eu quero agora é matar em mim as últimas sobras de nós dois.

Jéssica R.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Não confundas maldade com malícia.
    Hoje eu vou fazer um texto no singular, porque percebi que falo no plural pra generalizar, dividindo a culpa e querendo dizer que todo mundo faz o que eu faço.
Eu erro querendo acertar, às vezes. Mas na maioria, erro consciente de que eu tô errada. Eu sou egoísta em diversas ocasiões, admito e já não me importo em admitir. -Se, durante o texto, você que estiver lendo se identificar, beleza. Eu estou mais é tentando me retratar comigo mesma, do que querendo dizer "Oi, eu sou única e exclusiva".
Eu manipulo as pessoas, às vezes. É natural, não premeditado. E isso não quer dizer que eu não saiba o que estou fazendo; é que muitas vezes, quando eu vou ver, já fiz.
Eu gosto de incomodar, adoro uma boa provocação. Apenas quando eu sinto que há um retorno do outro lado. Mas eu não gosto de atrapalhar a vida das pessoas. Vamos dizer que gosto de ser uma pedra no caminho, no máximo uma pedra no sapado. Não uma pedra atirada nas costas. A pedra no caminho, fica no caminho. A pedra no sapato, é só tirar e jogá-la fora. A pedra que é atirada, te acompanha de certa forma; ela deixa marca, lembrança, arrependimento quem sabe.
E eu não sei qual das três pedras eu fui/ sou. Mas se for a última, foi mal, MUAHAHAHA
(é que meu momento arrependida ficou nos parágrafos anteriores...)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E como o pão de João e Maria, eu vou me deixando aos poucos no meio do caminho...até que um dia, quem sabe, as minhas migalhas acabem e eu já não tenha mais nada do que eu era.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Teoria do Vácuo

Teoria do vácuo. É bem assim: você vive idealizando, projetando, se preenchendo. Enchemos nossa agenda, nossa mente, nossa vida. Temos medo de nos ver exatamente como somos: sem apetrechos ou opiniões alheias; apenas nós, a sós. De encararmos o pouco que somos, o pouco que caminhamos e o vazio que sentimos. É um vazio inevitável que vêm com o tempo, passa, e volta novamente. Um ciclo que não termina nunca, e que até faz parte de nosso aprendizado. Quanto mais nos preenchemos de coisas alegres, bonitas, sonhos grandiosos e momentos memoráveis, maior será o vazio quando essas coisas nos faltarem. É no tal vácuo que aprendemos a ouvir o som do silêncio, e é na adversidade e na falta do que víamos como essencial, que aprendemos que, de essencial mesmo, só a nós. Isso sem desprezar-se a importância do alheio. O todo é importante, o contexto, o outro, nos são imprescindíveis; é com os outros que aprendemos o quanto é necessário sermos cada vez mais independentes. Precisamos do outro para sabermos olhar pra dentro de nós. A gente só leva da vida a vida que a gente leva. A palavra de ordem é desapego...Mas a grande verdade nisso tudo, é que esse vazio tá durando o que não tinha que durar. E que por mais que eu "parta pra cima e fuja de mim", e inevitável não ver a sua presença nas coisas, nas palavras ditas, nos dias, em mim. Eu sinto a falta de alguém que mal deve lembrar que eu existo, e o jeito é sorrir pra vida e olhar pra frente, com o pé no presente.
Jéssica R.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Running over the same old ground
what have we found?
the same old fears...wish u were here.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tudo passa, e tenho fé que isso também vai passar. Tenho um mundããão pra conhecer, e já não posso esperar.
Aaaaaaaaaaah, sexta eu furo o nariz :D

quinta-feira, 8 de abril de 2010

VES-TI-BU-LAN-DA !

E toda essa correria, estresse, agitação, vontade, coragem, sacrifício, batalha diária contra a preguiça, indisciplina, desorganização e despreocupação; que aliás, nunca me incomodaram muito até o momento; esse acorda cedo, dorme tarde, gastrite atacada, caderno em dia, juntar moedinhas pra pegar ônibus, ler enquanto espera...são os pequenos sopros de vitóriazinhas do cotidiano. São todas as moedas que eu encontrei no fundo da bolsa, pra ver se consigo comprar o meu sonho.
O que tem que ser tem muita força. O problema é a gente saber o que tem que ser .rs

terça-feira, 6 de abril de 2010






Saudade de amassar sua camiseta, e de você bagunçando o meu cabelo~






Jéssica R.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Depois de um dia desses, tudo o que eu queria era minha cama quentinha e uma noite de sono beeem longa. Mas preciso entender as relações métricas no triângulo reto --'

domingo, 4 de abril de 2010

Horóscopo de Escorpião

de 05 a 11 de abril de 2010
Já na segunda-feira, uma conjunção entre a Lua e seu regente, Plutão, pode indicar que você porá um ponto final numa situação que se arrasta há algum tempo. Você poderá obter um reconhecimento por seu esforço e isso o deixará muito satisfeito. Como Júpiter transita em aspecto favorável ao seu signo, você também se beneficia no âmbito profissional onde não lhe será difícil obter bons resultados. No final da semana terá mais disposição para namorar pois o romantismo estará em alta: aproveite e convide seu parceiro para aquele jantar à luz de velas! Bom momento também para viajar: prepare as malas.
Tooomara ! HEUAHSEUHASE


E o que eu mais odeio em mim, é essa minha coragem insana que me faz agir como louca. É essa esperança que não morre, essa intuição que não se abala. Esse perdão que vem tão rápido. ODEIO.





Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados; porque o tempo, o tempo não pára.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

But it was just a dream~


Hoje o dia acordou com cheiro de chocolate, polvilhado com açúcar e até com cerejinha pra enfeitar.
Me olhei no espelho e estava estranhamente mais magra. Meu cabelo nem estava tão bagunçado assim. Meus cachorros estavam uns mimos: pulavam sem machucar, arranhavam sem doer. Amanheceu tudo cor-de-rosa baby-doll, e o céu estava azul como em pinturas, com nuvens de algodão-doce e anjinhos de Michelangelo. Tudo poesia de quintal pra varrer, louça pra lavar e quarto pra arrumar – mas com muita, com muita não; com TODA a métrica e rima possíveis. Mas não foi ao acaso que essa sexta-feira, chamada pelo calendário ocidental de santa, nasceu assim, bonita e simples e com temperinho de alegria de criança. Havia e há uma razão de ser.
É que hoje, pouco antes de acordar eu tive um sonho. Ah, era tudo tão lindo, tão natural. E tinha final feliz. Como eu odeio sonhos com finais felizes! Porque quando a gente acorda...parece que não acabou.

Jéssica R.

Concrete Jungle


Ontem foi um dia daqueles... preguiçosos. A calça de ginástica, o moletom velho e manchado, o bolo de cenoura no final da tarde. A modorra de um tempo que se nega a ir embora.
É uma fase mais “in” do que “out”, sei lá como explicar isso. É que ainda estou me reconstituindo... juntando os estilhaços, me montando pedacinho por pedacinho. É o que resta de nós, a cada ponto final. Cacos são, no fundo, tudo o que temos de verdade. No mais, é tudo muito efêmero.
Nesse mundinho de ordem de consumo, é tanto compre, queira, deseje... Vemos um bando de gente carente, que acha que ter vários “eu te amo” no Orkut é de fato, ser amado. Que ficar com vários é ser fodão e ter poder. Que gastar dinheiro é o pleno exercício da felicidade. E assim seguem muitos; caixa de entrada transbordando, perfil lotado, sacolas cheias e um vazio que até Steve Wonder enxergaria.
Críticas sociais à parte – o capitalismo que se foda – é...porque é que toquei no assunto mesmo?
Ah sim... a efemeridade das coisas. Isso! Bem... com toda essa enxurrada de informações nos meios de comunicação, com tanta gente nos empurrando tanta coisa, tudo vêm e vai, e passa muito rápido! E valorizamos o que nem tem valor. E não nos importamos com o que realmente importa. E é tanta pressa, que a essência não fica conosco tempo suficiente para ser...essencial.

“Não existe um caminho real para lugar nenhum.
Uma coisa de cada vez,
E todas em sequência.
O que cresce lentamente perdura."

'Where is the love to be found, won't someone tell me?' Beeem que o Bob avisou !

Jéssica R.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Que sentido eu tomo pra encontrar um sentido pra tudo isso ?


Fugir das ruas que remetem a nós dois dá. Não frequentar os ambientes que frequentávamos é difícil, mas possível. Evitar as praças em que ainda me vejo com você é relativamente fácil. Mas é inviável fugir de mim mesma.

Jéssica R.

domingo, 21 de março de 2010

Have fun !









Esse dia, vou te contar ! Ou melhor, nem vou...HAUSDIASUHIAUHD
Sexta agora, despedida da Drih no Estância. Ai que saudade que eu vou sentir da minha comparça ! Foram as quintas-feiras de música na aula, os sorvetes de R$1,00 no mercadão, os segredos compartilhados, as experiências contadas, o curso de teatro aos domingos, a fuga dos meus pais com ela*, os estresses, as risadas, os planos feitos pra nossa viagem*, os castelos que ninguém mais curtia ou achava graça, os filmes que só a gente gostava de assistir...Mas tá tudo vivo, e é pra sempre ! Vai fazer faculdade com gostoooo gata, que eu tô muito na torcida por aqui. Te amo amiga sz'
Girls, just wanna have fun... e como a gente se divertia !
'No vão das coisas que a gente disse, não cabe mais sermos somente amigos; e quando eu falo que eu já nem quero, a frase fica pelo avesso, meio na contramão. E quando eu finjo que esqueço, eu não esqueci nada.'



E quando a gente acha que as coisas estão se estabilizando...quando achamos que encontramos nosso eixo; é um nada, um momento, um minuto que seja, e tudo se cai. Foi das sensações que eu tive, uma das piores, sem sombra de dúvida. Dissimular é errado, dissimular dói, dissimular é negar a si mesmo e a todos; mas porque parece ser o mais certo a se fazer? Na verdade, não me parece o mais certo; mas o mundo é que o diz. E eu me sinto tão repreendida aqui. Juro por Deus, e Ele sabe, que tudo o que eu queria, tudo com o que eu mais sonho, é com um mundo em que as pessoas possam assumir quem são em tempo integral, dizer o que a alma grita e o que a cara estampa. Ah, que prazer abita o dizer a verdade. Sem medo. Sem vergonha. Sem correr o risco de perder a sua liberdade por isso, ou sem preocupar-se DE VERDADE com as consequencias; elas não seriam tão ruins se as pessoas soubessem se entender um pouco mais.
A cada dia que passa, eu vejo o quanto eu sou mínima, minúscula, reduzida dentro de certos contextos. E a sensação de impotência e descontrole, ih, nem se fala. Mas Deus não nos coloca numa situação na qual não conseguiríamos sair, eu sei. Sempre existem dois lados. Pode parecer contraditório depois do discurso desprendido e aparentemente humilde desse parágrafo, mas tô de boa de perdoar mesmo e quero mais é que se foda ! Isso ainda é muito forte em mim, e se determinado fulano questionar eu saio atropelando, com dez pedras na mão e com muita dor...porque se eu disser que odeio, é por pura impulsividade e só. E ah, cansei ! Agora melhorei, só precisava escrever mesmo. É bom eu parar de pensar no assunto, porque digerir isso fez mal pro meu estômago, e literalmente. Estresse ataca minha gastrite.

Jéssica R.

terça-feira, 16 de março de 2010

Do It ! parte dois, rs



Ah...percursos!
As coisas levam cada rumo, que às vezes é até difícil de acreditar. Engraçado, logo eu que acredito tanto e em tanta coisa, dizer algo desse tipo. Enfim.
Como comentei com um amigo nesse final de semana, eu esperava mais de mim; sabe, mais sofrimento, ou que ele perdurasse por um tempo maior. Não interpretem mal, eu não gosto de sofrer; mas é que eu pensei que me conhecesse o suficiente – e do que me conheço, costumava me martirizar muito e por muito menos...costumava. Graças a Deus, esse verbo tá no pretérito :)
E aí é cada fio que tece a história...quando achamos que já conhecemos bem o ponto que a bordadeira faz, ela cria um novo, decide improvisar uma flor no pano, sei lá. Eu acho que consigo entender esse lance de destino de uma forma até que clara, mas acho graça às vezes. Tanta coisa de tempos atrás, que eu fui entender a uns 20 minutos...pra quê me desesperar pelo que aconteceu há duas semanas? Abstraio, um dia eu entendo mesmo!
Meu erro, o erro de sempre que não sei como não notei antes, é o de projetar. Projetar sonhos em pessoas que não são eu, projetar ideais que não dependem só de mim para que se concretizem, projetar...aquilo que não cabia somente a mim decidir. De me entregar, de ser intensa, não me arrependo nunca, e tenho pena de quem não o faz. Não arrisca, e se petisca é por sorte, rs
Mas é aquela coisa...bate uma nostalgia daquelas, quando eu vejo coisas que se refiram a uma certa pessoa. Coisas que se refiram de maneira forte, objetiva (como agora a noite, passando “O Poderoso Chefão” na TV...foi tocar a música principal, e minha mente rebuscou nas memórias relativamente frescas que se associam a momentos, pensamentos, frases ditas...ah.). Se é saudade, é porque foi bom. Mas se acabou como acabou, é porque não foi real. Não de ambas as partes. Mas a idéia de meia verdade já não me agrada mais.
E me veio uma lembrança: meia verdade é uma mentira inteira.
E me veio uma paródia: meia vontade é uma vontade inteira, só que receosa.
Tô falando é de vontade! Porque quero, ah se quero, quero mesmo, e vou até o fim! Certo ou errado, moral ou imoral, paradigma criado para nos punirmos ou desculpa esfarrapada para suavizarmo-nos a consciência, a vontade reprimida volta...vou matá-la de vez. Mas só os covardes matam sem encarar de frente. Vamos veeer no que dá! É só uma vontadezinha, rs
Só espero que entre mortos e feridos, eu machuque o menos possível. É o que eu tenho pra dizer agora :D

Jéssica R.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Do It !

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...

Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta,
Não se submeta !

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


So, brick by brick
I'm breaking through these walls
Between you and me...I'm not giving up,
I'm not giving up, on us.


'Fooooorça...respira fundo...HASIOUEHAOISEHIOAUSHEA

Coisas que meu DNA não diz

Meu prazer pelo duvidoso. O gostar de coisas bobas, sonhar grande e me desesperar com coisas pequenas.
O não ser de fazer cenas, mas ser adepta do bom e velho charme.
O rir alto, o falar alto, e nem ligar; e saber que poucas coisas me alegram mais do que o sorriso espontâneo de quem gosto, que um mergulho na parte do mar que não dá pé. Que ajudar um bom amigo. Que sentir que dentro de mim há fé.
Que poucas coisas me libertam mais do que dançar até o limite do corpo, do que ouvir boa música, do que um bom banho de chuva, do que uma caneta e um papel... do que soltar a voz, do que um palco, do que olhar pro céu.
E que é difícil definir algo que eu odeie tanto quanto sermão, lição de moral e tentativas alheias de sobreporem e imporem a mim suas opiniões.
E que premiaria (ou mataria) aquele que descobrisse algo que me angustie mais do que ficar em casa, do que ver que meu jeans está apertado e que eu to engordando pra ca!@#$%¨&*lho, que sentir a indiferença do outro, que me sentir incompreendida, fraca e incapaz de algo que queira muito, e que ver que o mundo tá acabando porque as pessoas são burras. E ver que eu sou uma delas.
Que pra me deixar mais perdida que quando estou sem opções, é só dar-me várias, e das bem tentadoras.
E que nada me irrita mais do que o outro não abrir o jogo, mesmo sabendo eu que o faço como ninguém.
E assumo sem pudor: falo palavrão, viro amiga de estranhos, desenhava na aula ao invés de copiar matéria MESMO, detesto cerveja, não fico sem conhecer, sou esquerdista sim, preguiçosa, me considero tímida às vezes e cara-de-pau no restante do tempo, adoro crianças, idosos (exceto as mimadas e os safados que te cantam na rua – não necessariamente nessa ordem), não jogo lixo na rua, xingo quem joga e não sei tomar um bom banho que não seja daqueles longos, desejo o mal de algumas pessoas às vezes, já fiz fofoca sem pensar, denegri imagens sem querer, e por querer, e sim; isso me fez feliz.
Sou vegetariana por amor aos animais, mas odeio baratas e mato formigas, pernilongos e afins. Desconto nas pessoas todo o meu estresse quando estou de TPM. Acredito nas pessoas. Odeio quando não acreditam em mim, quando me podam e tenho intensas vontades de torturar quem me faz isso, admito.
E claro, existem outros ‘likes’ e ‘dislikes’, mas meus pais me matariam caso lessem. rs
E ninguém me convence que isso tudo é errado.
Nada me persuade a ponto de me fazer achar que ser assim é pecado.
E nenhuma pessoa me tira da cabeça que não há nada de mais humano do que o ato de questionar.

Jéssica R.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

“Viver não dói”

(Carlos Drummond de Andrade)

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

De uma forma mágica e misteriosa (rs), eu me lembrei de uma frase desse texto, e quando o encontrei...BUM! Traduziu todo o meu pensamento. Ah, Drummond também me entende, uasheaoiuehiaseh

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

I'm not giving up.


Ansiedade: ¹Ânsia; ²aflição, angústia; ³perturbação de espírito causada pela incerteza, ou pelo receio.

Essa minha insegurança ainda vai me deixar maluca. Causa todo esse receio, toda essa espera, toda essa angústia que me dá, quando você não está. Incerteza... tanta coisa. Checar toda janelinha que sobe no msn; cada vez que o celular toca lá encima do outro sofá e eu vou, correeendo, naquela esperançazinha de que seja você. Ficar morrendo de raiva do mundo, e achar que é tudo lindo após cinco minutos, sem motivo algum. Eu não tô sabendo lidar comigo! E aí me vejo onde menos gostaria de estar: fora do meu controle. Vulnerável, abalável, frágil, e tudo aquilo que eu tento com todas as minhas forças parecer que não sou, ao menos quando a gente tá junto. Nem sei por que faço essas coisas... você já me conhece mesmo. Mas me diz, se me conhece POR QUE VOCÊ NÃO COOPERA? Juro que essa maldita mania masculina de não dar importância aos pequenos detalhes que aos olhos de grande parte dos homens são exageros de mulher, ainda vai me deixar de cabelos brancos aos 18 anos, e de unhas mal-feitas, enfim.

Estou toda aperto no peito, estralar de dedos, roer de unhas, caneta na mão e caderno velho pra suportar meus infernos e céus interiores e cotidianos... fugas do estresse que nós seres humanos criamos a nós mesmos.

Mas todo esse meu estresse, toda essa minha ansiedade, é pra sentir o que eu já ouvi: a resposta da pergunta “você sente o mesmo?”. E me sentir segura novamente. Como disse na primeira frase, essa minha insegurança ainda vai me deixar maluca.

O engraçado é que só de escrever, já passou a neura. Mas vou postar o texto ainda assim; deixo gravado o que eu sinto quando tô triste, pra quando eu estiver feliz eu ler, e me entender melhor... assim como, quando tô down, leio meus textos de quando eu encontrei a felicidade, pra entender o caminho, e chegar lá ;D

‘And sure I confess. I’m a mess; I’m a mess of mistakes...

But please, count to ten…before u go and throw it all away.’


Jéssica R.