segunda-feira, 1 de agosto de 2011
make me strong
sábado, 23 de julho de 2011
O dom de tentar se iludir .
E você acordou de maneira tão brusca que só o ato de dormir, ou melhor, sonhar, já lhe parece pesadelo. Qualquer insinuação, qualquer fagulha, suspiro ou pensamento que sugira uma possibilidade de romance é enfrentada como um crime, defendida com armas que vão de lanças indígenas, espadas e bombas caseiras à água benta e crucifixos.
Mas passado tempo considerável do trauma, lá está você: mais forte, entendendo e encarando com mais clareza os fatos ao redor. Até que aquela vida sentimental sem vida e sentimento - com proposital redundância para reforço da idéia - vai se mostrando menos sedutora que no princípio desse teu renascimento, e mais monótona. No início era divertido fazer o que eles fazem só por diversão. 'Desejo sem paixão; qualquer truque contra emoção...' . Mas aí, meu amigo, é que vez ou outra você sente que falta algo...e tudo o que você quer é voltar a dormir e reaprender a sonhar. E quando tudo já indicava que a insônia havia passado a fazer parte da vida...
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Break on through, to the other side
Paralelo era o mundo em que ela se encontrava. As coisas pareciam-lhe mais interessantes, os fatos tinham mais importância e os sons, ah, os sons...ecoavam em sua mente, iam se afastando lentamente. O tempo ganhara outra medição, de outro planeta, galáxia ou fosse o que fosse. E ela diminuiu. Ou melhor: ganhou consiência do quão pequena era. A impressão era de que ela passou a vida inteira de olhos vendados, e repentinamente os descobriu, descobrindo também o mundo. Beleza, magia, miséria, tudo mostrava-se tão despidamente à ela, e ela, tão pequena que era e tão frágil que estava, notava as sutilezas que antes lhe passavam despercebidas. E já não havia mais linha tênue que distinguisse o real do imaginário; as verdades da mente e as verdades do mundo haviam finalmente se encontrado, fundiram-se e se transformaram em uma só. O caminho estava traçado, ela pôs-se a cruzá-lo...o outro lado é encantador, assustador e maior. O outro lado é a verdade da qual fugimos.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Dirijo (2008)
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
. We're all ants .
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Em troca dos artigos que enriquecem sua vida, os indivíduos vendem não só seu trabalho, mas também seu tempo livre. As pessoas residem em concentrações habitacionais e possuem automóveis particulares com os quais já não podem escapar para um mundo diferente. Têm gigantescas geladeiras repletas de alimentos congelados. Têm dúzias de jornais e revistas que esposam os mesmos ideais. Dispõem de inúmeras opções e inúmeros inventos que são todos da mesma espécie, que as mantêm ocupadas e distraem sua atenção do verdadeiro problema, que é a consciência de que poderiam trabalhar menos e determinar suas próprias necessidades e satisfações.
sábado, 18 de dezembro de 2010
controlando minha maluquez
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Interpretando os fatos: as metáforas da vida (y)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Ter uma carreira, uma família.
Ter uma televisão grande... máquina de lavar,
carros, toca-discos, abridor de latas elétrico.
Ter saúde, colesterol baixo, seguro dentário.
Ter prestações fixas para pagar.
Ter uma casa. Ter amigos.
Ter roupas e acessórios que combinam.
Ter um terno feito do melhor tecido.
Se masturbar domingo de manhã pensando na vida.
Sentar no sofá e ficar vendo televisão...
Comer um monte de porcarias.
Acabar apodrecendo no final...
Ter uma família e se envergonhar dos filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo.
Ter futuro. Ter uma vida.
Por que eu iria querer isto?"
(não sei o autor)
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Camisa de Força .
Ao longo do curso de marketing, foi notando lentamente os movimentos de uma indústria que ela diria "embreagadora", por entorpecer uma maioria esmagadora, convencendo-a de que seus produtos não são nocivos, são saudáveis e de que a compra deles não resultaria em mal algum à nada ou ninguém.
Mas o grande choque, sem sombra de dúvida, foi em sua experiência como vendedora de cartões de crédito. O dever era induzir a pessoa à compra a qualquer custo, sem se importar com sua renda, suas condições ou coisa alguma. O que ela sentia com relação a isso ia muito além da mera "dó de quem não tinha dinheiro", era respeito e compreensão de que não era justo converncer alguém com 14 filhos e renda de R$300 por mês de que um cartão de crédito seria economicamente viável e vantajoso. Não demorou muito pra que a pressão exercida em sua mente se convertesse em problemas de estresse e ela se demitisse.
Quando se deu conta, viu o quanto a maioria trabalhava no escuro, sem ver o que faz, e amordaçada por não usar a boca como instrumento de protesto. Viu que no fundo, a escravidão não foi abolida, mas apenas mudou de figura: ou você colabora com o sistema, ou passa fome.
E esse sistema te engole, te enlouquece. Não é difícil você se deixar envolver por ele. Ele está nas suas roupas, nos cosméticos, naquilo que você come e na mídia. E te faz adoecer cada vez mais.
Os dias passam, e mais uma pessoa com distúbio alimentar como bulimia ou anorexia surge. Mais um rapaz sofre de parada cardíaca ao injetar em si mesmo anabolizantes para cavalos de corrida. Mais moças abortam em clínicas clandestinas. Mais árvores são cortadas, mais casacos de pele são vendidos, mais carros são fabricados e mais pessoas acham que coca-cola mata a sede. Mais e mais os humanos correm atrás de dinheiro como ratos em roda correm atrás do queijo. E quanto mais segundos passam, maior é o nojo e também a certeza da menina de que ela não quer mais contribuir com isso.
Será que é demais ela querer ser feliz nessa porra? Será que é muito querer liberdade, respirar liberdade, sentir liberdade?
Ah, cansei de falar na terceira pessoa...rs
Só sei que eu acuso e recuso isso tudo que o mundo diz que é muito e que tem pra me dar. E se eu gostar de arte? E se eu gostar mais de chuva, sol, praia, cachoeira e cheiro de grama do que calça da Daslu e shoppings centers? E se eu não quiser mais fazer parte disso?
Vão me chamar de louca, de sonhadora, de revoltada, de vagal...eu já ouvi muito disso e nem cheguei aos vinte...e sei que nada disso é verdade. A única coisa que eu sei é que a melhor forma de mudar o mundo é mudando a mim mesma. E eu não estou satisfeita com o mundo como está, e você?
É de amor que o mundo precisa. É de consciência que o mundo precisa. Todos têm um universo por dentro, mas não conhecem mais que um cômodo. E se cada um conhecesse a própria força, a própria luz, e a energia potencial armazenada, empoeirados seriam os sofás e gastos seriam os sapatos.
Merecemos tudo o que há de melhor nesse mundo, e sem a mínima culpa. Mas temos que mudar nossos conceitos sobre o que é realmente o melhor.
:D
domingo, 24 de outubro de 2010
'Eles pegam a palmatória e você estende a mão
Desde pequeno você é induzido a fumar induzido a beber e vendo a TV falar
Digam não as drogas, use camisinha e para de brigar
Mas beba muito álcool até a sua barriga inchar
O que você tem na cabeça?
Tudo que eles te falam você acha uma beleza
Aprenda a dizer não
Pense um pouco meu irmão
Você tem medo de quem?'
domingo, 10 de outubro de 2010
NECESSÁRIO?
Esse mundo louco é o melhor pra mim, porque foi nele que eu nasci e é nele que eu aprendo. Nele me fortaleço, e nele há tudo que preciso. É um mundo hibrido, com bem e mal em conjunção. Há natureza, e há guerras. Crianças famintas, e outras sorridentes. Há raiva, e amor. E há luz; luz em todos, luz em cada um. Umas escondidas, e outras não. Todos estão preparados para a luz, mas nem todos têm a coragem para expandi-la. Essa é a diferença, a grande diferença entre um humano e outro. Na verdade, acredito que seja a única. Difícil é despertar a luz sem conhecê-la. Mas não impossível.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
"No entanto, quero me pronunciar em termos práticos como cidadão, distintamente daqueles que se chamam antigovernistas: o que desejo imediatamente é um governo melhor, e não o fim do governo. Se cada homem expressar o tipo de governo capaz de ganhar o seu respeito, estaremos mais próximos de conseguir formá-lo."
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Arte suja .
Bandeira Branca, por Nuno Ramos |
Djan Ivson, pichador |
De parte da natureza à detalhes de uma obra |
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
Areia Movediça
Os movimentos desesperados parecem apenas confirmar a sentença de afundar, e afundar, e afundar; e afundar mil vezes até que se encontre ao fundo desse lago de areia e morra simplismente?
Bem, segundo o site HowStuffWorks, ou comotudofunciona, na areia movediça quanto mais você luta, mais você afunda, mas como seu corpo é menos denso do que ela, basta relaxar para flutuar. A verdade é que a areia movediça não é aquela temível força da natureza que vemos na tela dos cinemas: se você quiser mesmo saber a verdade, ela raramente tem mais de um metro de profundidade.
Pois é. Se parar pra pensar, o maior problema desse problema é problematizar o próprio problema! rs
O maior perigo, o maior risco da areia movediça é o movimento brusco, ao invés do relaxamento total. Sacou a idéia?
Vivemos num mundo sujo. E um mundo lindo, paradoxalmente falando. Numa conversa, daquelas intimistas que só os melhores e mais velhos amigos podem nos proporcionar (ainda que por msn), eu comentei: 'cara a cidade só fode vc ja percebeu?'
Ele me perguntou o porque de eu dizer aquilo, e logo completei a idéia num turbilhão de fatos e etc's que me vieram à mente: 'coisas q vc não pode comprar. pessoas falsas. coisas baratinhas. amigos sinceros. fumaça. na tv só tem merda. no rádio só dá estados unidos. a comida que td mundo come e é a mais gostosa, faz mal. existe um padrão pra td, e se vc não é forte o suficiente acha que estar fora dele é errado. td é dinheiro, dinheiro, dinheiro, e isso tá impregnado em td mundoooooo
véi, isso tá uma loucura
quem não está de acordo morre de fome
e vivemos numa democracia? toma no orifício anal --' rs'
Sabe, conheço casos verídicos de pessoas que têm sonhos, idéias incríveis e talentos mensuráveis e que não percebem, não vêem que estão sendo usadas em nome do dinheiro, abandonando suas vocações por muitas vezes. Talvez e muito provavelmente eu seja ou tenha sido uma delas por diversos momentos. TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO gira em torno do lucro. Criticam, dizem 'a burguesia fede' (meus respeitos e toda admiração ao compositor Cazuza), e corremos dia após dia atrás desse título. É, porque se o que eu entendi sobre o burguês ser um cara que enriquece pelo trabalho está certo, é o que pelo menos A METADE DO PLANETA almeja ser. Um aumento, uma subida de cargo e abanamos o rabo de alegria para os nossos donos que nos oferecem as mais precárias condições de trabalho. Mas vai além disso: o filho em casa tem que comer.
E forçar uma pessoa a viver enquadradamente (wtf? rs) por necessidades básicas como educação, saúde e dignidade sua e de seus próximos e dependentes diretos é um crime. Falta humanidade, falta o olhar atento.
E os direitos constitucionais? E o "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" ? O mendigo recorre à quem por violarem seu direito a igualdade, segurança, propriedade? Ao Brasil que colocou ele lá?
O mundo cria seus esquemas minuciosos, e os discordantes são seus dejetos. Os loucos não estão no manicômio, estão à solta. E da areia movediça, não saímos com braçadas fortes de ódio aos opressores. Revolução de verdade se faz com a força de dentro, que é a vontade pura de se mudar pra tentar mudar o resto. Da areia movediça, saímos com a tranquilidade de um sorriso, com um gesto de gentileza. E com atitudes que levem à mudança real. Pára de SÓ criticar o sistema, se você é a engrenagem que toca essa porra pra funcionar. Não se deixe engolir pela babilônia; faça o que é certo, o que julga ser certo. Se questione. "Não menospreze o valor que a consciência te impõe..."
Bora ser 'feliz pra sempre' ? :D
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Trying to find the answers
Tenho me perguntado constantemente - não que eu não tenha feito isso a minha vida toda; me perguntado se eu sei o que eu quero, se eu sei o que é certo, se eu sou capaz de fazer o que acho certo, enfim; bobagens. Mas não é como num questionário, nem como num interrogatório, nem com olhar de repreensão...me pergunto pra me provar, me pergunto com ar de curiosidade, porque por mais que pareça engraçado, eu me faço perguntas realmente sem saber o que irei responder. Estranho.
Sabe, eu sei que tá soando meio 'papo de esquizofrênico', 'papo de paranóico', 'papo de drogado', 'papo nada a ver', whatever!Acho notável a facilidade que os seres humanos, num geral, têm de se esquivar de verdades que não lhes são convenientes. E isso não é uma indireta, eu tô é falando de mim, a princípio. É só o que todos sabem fazer mesmo (além de julgar os outros, é claro.)
Sabe o que eu quero dizer com tudo isso?
N
A
D
A
Porque enquanto eu não fizer o meu máximo por tudo aquilo que eu pense valer a pena, palavras serão só palavras. Vamo parar de reclamar, de achar tudo chato, de dizer que tá tudo uma porcaria, ou de achar que tá bom assim, que tá tudo numa boa sem nos questionarmos. Vê se pega na porra dum martelo e construa um lugar melhor você mesmo. E é claro, sempre, sempre sorria! (:
terça-feira, 3 de agosto de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
The tree
E agora eu me vejo aderindo a amores de liquidação: funcionando à curtíssimo prazo apenas. São aqueles relacionamentos tipo Mc Donalds, que matam a fome na hora, e a sua saúde do dia seguinte. Cansei dos amores cultivados, da espera entre um sol forte e uma chuva ou outra, de dar o melhor de mim pra que aquilo cresça e dê certo, e um problema vir como um trator, destruindo tudo aquilo que criei como se fosse meu. Eu acreditei por vezes, que minha fosse a história; quem me dera. Depois do trator, ficaram apenas alguns pedaços das folhas e dos galhos, espalhados pelos meus caminhos. Não são muitos, e nem são grandes; mas às vezes é inevitável não me deparar com uma parte daquela muda que um dia eu quis que fosse uma árvore daquelas bem enormes. E aí, ao ver os restos da muda, eu me lembro do quanto o sol me cegou, do quanto cuidar da terra feriu minhas mãos, de quantas tardes de descanso eu sacrifiquei pra proteger meu pé-de-quase-amor da chuva, pra que ela não o levasse embora. Tudo o que eu posso fazer agora é olhar para cima e rezar pra não tropeçar em algum galho da história. Por que não semear um amor novamente, pra que ele cresça? Porque eu já não sei onde deixei minhas sementes.
Tudo o que eu quero agora é matar em mim as últimas sobras de nós dois.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Eu erro querendo acertar, às vezes. Mas na maioria, erro consciente de que eu tô errada. Eu sou egoísta em diversas ocasiões, admito e já não me importo em admitir. -Se, durante o texto, você que estiver lendo se identificar, beleza. Eu estou mais é tentando me retratar comigo mesma, do que querendo dizer "Oi, eu sou única e exclusiva".
Eu manipulo as pessoas, às vezes. É natural, não premeditado. E isso não quer dizer que eu não saiba o que estou fazendo; é que muitas vezes, quando eu vou ver, já fiz.
Eu gosto de incomodar, adoro uma boa provocação. Apenas quando eu sinto que há um retorno do outro lado. Mas eu não gosto de atrapalhar a vida das pessoas. Vamos dizer que gosto de ser uma pedra no caminho, no máximo uma pedra no sapado. Não uma pedra atirada nas costas. A pedra no caminho, fica no caminho. A pedra no sapato, é só tirar e jogá-la fora. A pedra que é atirada, te acompanha de certa forma; ela deixa marca, lembrança, arrependimento quem sabe.
E eu não sei qual das três pedras eu fui/ sou. Mas se for a última, foi mal, MUAHAHAHA
(é que meu momento arrependida ficou nos parágrafos anteriores...)
sexta-feira, 14 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
A Teoria do Vácuo
terça-feira, 4 de maio de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
VES-TI-BU-LAN-DA !
segunda-feira, 5 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
Horóscopo de Escorpião
de 05 a 11 de abril de 2010Tooomara ! HEUAHSEUHASE
Já na segunda-feira, uma conjunção entre a Lua e seu regente, Plutão, pode indicar que você porá um ponto final numa situação que se arrasta há algum tempo. Você poderá obter um reconhecimento por seu esforço e isso o deixará muito satisfeito. Como Júpiter transita em aspecto favorável ao seu signo, você também se beneficia no âmbito profissional onde não lhe será difícil obter bons resultados. No final da semana terá mais disposição para namorar pois o romantismo estará em alta: aproveite e convide seu parceiro para aquele jantar à luz de velas! Bom momento também para viajar: prepare as malas.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
But it was just a dream~
Hoje o dia acordou com cheiro de chocolate, polvilhado com açúcar e até com cerejinha pra enfeitar.
Me olhei no espelho e estava estranhamente mais magra. Meu cabelo nem estava tão bagunçado assim. Meus cachorros estavam uns mimos: pulavam sem machucar, arranhavam sem doer. Amanheceu tudo cor-de-rosa baby-doll, e o céu estava azul como em pinturas, com nuvens de algodão-doce e anjinhos de Michelangelo. Tudo poesia de quintal pra varrer, louça pra lavar e quarto pra arrumar – mas com muita, com muita não; com TODA a métrica e rima possíveis. Mas não foi ao acaso que essa sexta-feira, chamada pelo calendário ocidental de santa, nasceu assim, bonita e simples e com temperinho de alegria de criança. Havia e há uma razão de ser.
É que hoje, pouco antes de acordar eu tive um sonho. Ah, era tudo tão lindo, tão natural. E tinha final feliz. Como eu odeio sonhos com finais felizes! Porque quando a gente acorda...parece que não acabou.
Concrete Jungle
Ontem foi um dia daqueles... preguiçosos. A calça de ginástica, o moletom velho e manchado, o bolo de cenoura no final da tarde. A modorra de um tempo que se nega a ir embora.
É uma fase mais “in” do que “out”, sei lá como explicar isso. É que ainda estou me reconstituindo... juntando os estilhaços, me montando pedacinho por pedacinho. É o que resta de nós, a cada ponto final. Cacos são, no fundo, tudo o que temos de verdade. No mais, é tudo muito efêmero.
Nesse mundinho de ordem de consumo, é tanto compre, queira, deseje... Vemos um bando de gente carente, que acha que ter vários “eu te amo” no Orkut é de fato, ser amado. Que ficar com vários é ser fodão e ter poder. Que gastar dinheiro é o pleno exercício da felicidade. E assim seguem muitos; caixa de entrada transbordando, perfil lotado, sacolas cheias e um vazio que até Steve Wonder enxergaria.
Críticas sociais à parte – o capitalismo que se foda – é...porque é que toquei no assunto mesmo?
Ah sim... a efemeridade das coisas. Isso! Bem... com toda essa enxurrada de informações nos meios de comunicação, com tanta gente nos empurrando tanta coisa, tudo vêm e vai, e passa muito rápido! E valorizamos o que nem tem valor. E não nos importamos com o que realmente importa. E é tanta pressa, que a essência não fica conosco tempo suficiente para ser...essencial.
“Não existe um caminho real para lugar nenhum.
Uma coisa de cada vez,
E todas em sequência.
O que cresce lentamente perdura."
'Where is the love to be found, won't someone tell me?' Beeem que o Bob avisou !
quarta-feira, 31 de março de 2010
Que sentido eu tomo pra encontrar um sentido pra tudo isso ?
domingo, 21 de março de 2010
Have fun !
Esse dia, vou te contar ! Ou melhor, nem vou...HAUSDIASUHIAUHD
Sexta agora, despedida da Drih no Estância. Ai que saudade que eu vou sentir da minha comparça ! Foram as quintas-feiras de música na aula, os sorvetes de R$1,00 no mercadão, os segredos compartilhados, as experiências contadas, o curso de teatro aos domingos, a fuga dos meus pais com ela*, os estresses, as risadas, os planos feitos pra nossa viagem*, os castelos que ninguém mais curtia ou achava graça, os filmes que só a gente gostava de assistir...Mas tá tudo vivo, e é pra sempre ! Vai fazer faculdade com gostoooo gata, que eu tô muito na torcida por aqui. Te amo amiga sz'
Girls, just wanna have fun... e como a gente se divertia !
'No vão das coisas que a gente disse, não cabe mais sermos somente amigos; e quando eu falo que eu já nem quero, a frase fica pelo avesso, meio na contramão. E quando eu finjo que esqueço, eu não esqueci nada.'
E quando a gente acha que as coisas estão se estabilizando...quando achamos que encontramos nosso eixo; é um nada, um momento, um minuto que seja, e tudo se cai. Foi das sensações que eu tive, uma das piores, sem sombra de dúvida. Dissimular é errado, dissimular dói, dissimular é negar a si mesmo e a todos; mas porque parece ser o mais certo a se fazer? Na verdade, não me parece o mais certo; mas o mundo é que o diz. E eu me sinto tão repreendida aqui. Juro por Deus, e Ele sabe, que tudo o que eu queria, tudo com o que eu mais sonho, é com um mundo em que as pessoas possam assumir quem são em tempo integral, dizer o que a alma grita e o que a cara estampa. Ah, que prazer abita o dizer a verdade. Sem medo. Sem vergonha. Sem correr o risco de perder a sua liberdade por isso, ou sem preocupar-se DE VERDADE com as consequencias; elas não seriam tão ruins se as pessoas soubessem se entender um pouco mais.
A cada dia que passa, eu vejo o quanto eu sou mínima, minúscula, reduzida dentro de certos contextos. E a sensação de impotência e descontrole, ih, nem se fala. Mas Deus não nos coloca numa situação na qual não conseguiríamos sair, eu sei. Sempre existem dois lados. Pode parecer contraditório depois do discurso desprendido e aparentemente humilde desse parágrafo, mas tô de boa de perdoar mesmo e quero mais é que se foda ! Isso ainda é muito forte em mim, e se determinado fulano questionar eu saio atropelando, com dez pedras na mão e com muita dor...porque se eu disser que odeio, é por pura impulsividade e só. E ah, cansei ! Agora melhorei, só precisava escrever mesmo. É bom eu parar de pensar no assunto, porque digerir isso fez mal pro meu estômago, e literalmente. Estresse ataca minha gastrite.
terça-feira, 16 de março de 2010
Do It ! parte dois, rs
Ah...percursos!
As coisas levam cada rumo, que às vezes é até difícil de acreditar. Engraçado, logo eu que acredito tanto e em tanta coisa, dizer algo desse tipo. Enfim.
Como comentei com um amigo nesse final de semana, eu esperava mais de mim; sabe, mais sofrimento, ou que ele perdurasse por um tempo maior. Não interpretem mal, eu não gosto de sofrer; mas é que eu pensei que me conhecesse o suficiente – e do que me conheço, costumava me martirizar muito e por muito menos...costumava. Graças a Deus, esse verbo tá no pretérito :)
E aí é cada fio que tece a história...quando achamos que já conhecemos bem o ponto que a bordadeira faz, ela cria um novo, decide improvisar uma flor no pano, sei lá. Eu acho que consigo entender esse lance de destino de uma forma até que clara, mas acho graça às vezes. Tanta coisa de tempos atrás, que eu fui entender a uns 20 minutos...pra quê me desesperar pelo que aconteceu há duas semanas? Abstraio, um dia eu entendo mesmo!
Meu erro, o erro de sempre que não sei como não notei antes, é o de projetar. Projetar sonhos em pessoas que não são eu, projetar ideais que não dependem só de mim para que se concretizem, projetar...aquilo que não cabia somente a mim decidir. De me entregar, de ser intensa, não me arrependo nunca, e tenho pena de quem não o faz. Não arrisca, e se petisca é por sorte, rs
Mas é aquela coisa...bate uma nostalgia daquelas, quando eu vejo coisas que se refiram a uma certa pessoa. Coisas que se refiram de maneira forte, objetiva (como agora a noite, passando “O Poderoso Chefão” na TV...foi tocar a música principal, e minha mente rebuscou nas memórias relativamente frescas que se associam a momentos, pensamentos, frases ditas...ah.). Se é saudade, é porque foi bom. Mas se acabou como acabou, é porque não foi real. Não de ambas as partes. Mas a idéia de meia verdade já não me agrada mais.
E me veio uma lembrança: meia verdade é uma mentira inteira.
E me veio uma paródia: meia vontade é uma vontade inteira, só que receosa.
Tô falando é de vontade! Porque quero, ah se quero, quero mesmo, e vou até o fim! Certo ou errado, moral ou imoral, paradigma criado para nos punirmos ou desculpa esfarrapada para suavizarmo-nos a consciência, a vontade reprimida volta...vou matá-la de vez. Mas só os covardes matam sem encarar de frente. Vamos veeer no que dá! É só uma vontadezinha, rs
Só espero que entre mortos e feridos, eu machuque o menos possível. É o que eu tenho pra dizer agora :D
segunda-feira, 15 de março de 2010
Do It !
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...
Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...
Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta,
Não se submeta !
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Coisas que meu DNA não diz
O não ser de fazer cenas, mas ser adepta do bom e velho charme.
O rir alto, o falar alto, e nem ligar; e saber que poucas coisas me alegram mais do que o sorriso espontâneo de quem gosto, que um mergulho na parte do mar que não dá pé. Que ajudar um bom amigo. Que sentir que dentro de mim há fé.
Que poucas coisas me libertam mais do que dançar até o limite do corpo, do que ouvir boa música, do que um bom banho de chuva, do que uma caneta e um papel... do que soltar a voz, do que um palco, do que olhar pro céu.
E que é difícil definir algo que eu odeie tanto quanto sermão, lição de moral e tentativas alheias de sobreporem e imporem a mim suas opiniões.
E que premiaria (ou mataria) aquele que descobrisse algo que me angustie mais do que ficar em casa, do que ver que meu jeans está apertado e que eu to engordando pra ca!@#$%¨&*lho, que sentir a indiferença do outro, que me sentir incompreendida, fraca e incapaz de algo que queira muito, e que ver que o mundo tá acabando porque as pessoas são burras. E ver que eu sou uma delas.
Que pra me deixar mais perdida que quando estou sem opções, é só dar-me várias, e das bem tentadoras.
E que nada me irrita mais do que o outro não abrir o jogo, mesmo sabendo eu que o faço como ninguém.
E assumo sem pudor: falo palavrão, viro amiga de estranhos, desenhava na aula ao invés de copiar matéria MESMO, detesto cerveja, não fico sem conhecer, sou esquerdista sim, preguiçosa, me considero tímida às vezes e cara-de-pau no restante do tempo, adoro crianças, idosos (exceto as mimadas e os safados que te cantam na rua – não necessariamente nessa ordem), não jogo lixo na rua, xingo quem joga e não sei tomar um bom banho que não seja daqueles longos, desejo o mal de algumas pessoas às vezes, já fiz fofoca sem pensar, denegri imagens sem querer, e por querer, e sim; isso me fez feliz.
Sou vegetariana por amor aos animais, mas odeio baratas e mato formigas, pernilongos e afins. Desconto nas pessoas todo o meu estresse quando estou de TPM. Acredito nas pessoas. Odeio quando não acreditam em mim, quando me podam e tenho intensas vontades de torturar quem me faz isso, admito.
E claro, existem outros ‘likes’ e ‘dislikes’, mas meus pais me matariam caso lessem. rs
E ninguém me convence que isso tudo é errado.
Nada me persuade a ponto de me fazer achar que ser assim é pecado.
E nenhuma pessoa me tira da cabeça que não há nada de mais humano do que o ato de questionar.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
“Viver não dói”
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
De uma forma mágica e misteriosa (rs), eu me lembrei de uma frase desse texto, e quando o encontrei...BUM! Traduziu todo o meu pensamento. Ah, Drummond também me entende, uasheaoiuehiaseh
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
I'm not giving up.
Ansiedade: ¹Ânsia; ²aflição, angústia; ³perturbação de espírito causada pela incerteza, ou pelo receio.
Essa minha insegurança ainda vai me deixar maluca. Causa todo esse receio, toda essa espera, toda essa angústia que me dá, quando você não está. Incerteza... tanta coisa. Checar toda janelinha que sobe no msn; cada vez que o celular toca lá encima do outro sofá e eu vou, correeendo, naquela esperançazinha de que seja você. Ficar morrendo de raiva do mundo, e achar que é tudo lindo após cinco minutos, sem motivo algum. Eu não tô sabendo lidar comigo! E aí me vejo onde menos gostaria de estar: fora do meu controle. Vulnerável, abalável, frágil, e tudo aquilo que eu tento com todas as minhas forças parecer que não sou, ao menos quando a gente tá junto. Nem sei por que faço essas coisas... você já me conhece mesmo. Mas me diz, se me conhece POR QUE VOCÊ NÃO COOPERA? Juro que essa maldita mania masculina de não dar importância aos pequenos detalhes que aos olhos de grande parte dos homens são exageros de mulher, ainda vai me deixar de cabelos brancos aos 18 anos, e de unhas mal-feitas, enfim.
Estou toda aperto no peito, estralar de dedos, roer de unhas, caneta na mão e caderno velho pra suportar meus infernos e céus interiores e cotidianos... fugas do estresse que nós seres humanos criamos a nós mesmos.
Mas todo esse meu estresse, toda essa minha ansiedade, é pra sentir o que eu já ouvi: a resposta da pergunta “você sente o mesmo?”. E me sentir segura novamente. Como disse na primeira frase, essa minha insegurança ainda vai me deixar maluca.
O engraçado é que só de escrever, já passou a neura. Mas vou postar o texto ainda assim; deixo gravado o que eu sinto quando tô triste, pra quando eu estiver feliz eu ler, e me entender melhor... assim como, quando tô down, leio meus textos de quando eu encontrei a felicidade, pra entender o caminho, e chegar lá ;D
‘And sure I confess. I’m a mess; I’m a mess of mistakes...
But please, count to ten…before u go and throw it all away.’
Jéssica R.