segunda-feira, 1 de agosto de 2011

make me strong


Mesmo após rajadas de trovão, blindada contra qualquer forma de mal. Com um sorriso no coração, há tempos quebrado e fadado a quase não bater, mesmo que algumas quedas ainda façam doer...a força que só um passado de dor pode proporcionar. Na verdade, não é como se os ferimentos não mais sangrassem e doessem, mas sim como se já tivesse em mãos os curativos, e suportasse aquela dorzinha, e compreendesse que é passageira. Pra quem já levou flechada no peito, arranhão no braço é quase nada. E o destino às vezes pode até vir com um prato de pedras a me servir...vem com pedra, neguin; que meus dentes são de concreto e meu estômago é de aço. Vem, que meu otimismo realista tá entendendo agora que a pressa é o mal mais sem sentido, e que se os males ocorrem por um bem maior (sempre), nenhum mal é absoluto. E que gratidão, respeito e consciência nunca saiam do pódio dos nossos valores. E que as adversidades nos tornem fortes, e não enrijecidos. Gratidão.

sábado, 23 de julho de 2011

O dom de tentar se iludir .

Você se apaixona. Não por uma pessoa em si, mas por um sonho, uma idealização, uma personificação daquele romance típico de cinema dos anos 50 ou novela das 6. Aí você vive - e quem dera o ato fosse tão simples quanto a palavra pequena, de duas sílabas, sendo elas duas consoantes e duas vogais. Mergulha naquela ilusão que você alimentou dia após dia, que criou como se fosse seu filho, ou sei lá, seu cachorro de estimação. Um belo dia, você abre os olhos e simplesmente vê que construiu um belíssimo castelo com estrutura do metal mais barato...e aqueles planos se dissipam, desabam.
E você acordou de maneira tão brusca que só o ato de dormir, ou melhor, sonhar, já lhe parece pesadelo. Qualquer insinuação, qualquer fagulha, suspiro ou pensamento que sugira uma possibilidade de romance é enfrentada como um crime, defendida com armas que vão de lanças indígenas, espadas e bombas caseiras à água benta e crucifixos.
Mas passado tempo considerável do trauma, lá está você: mais forte, entendendo e encarando com mais clareza os fatos ao redor. Até que aquela vida sentimental sem vida e sentimento - com proposital redundância para reforço da idéia - vai se mostrando menos sedutora que no princípio desse teu renascimento, e mais monótona. No início era divertido fazer o que eles fazem só por diversão. 'Desejo sem paixão; qualquer truque contra emoção...' . Mas aí, meu amigo, é que vez ou outra você sente que falta algo...e tudo o que você quer é voltar a dormir e reaprender a sonhar. E quando tudo já indicava que a insônia havia passado a fazer parte da vida...

Jéssica R.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Break on through, to the other side


Paralelo era o mundo em que ela se encontrava. As coisas pareciam-lhe mais interessantes, os fatos tinham mais importância e os sons, ah, os sons...ecoavam em sua mente, iam se afastando lentamente. O tempo ganhara outra medição, de outro planeta, galáxia ou fosse o que fosse. E ela diminuiu. Ou melhor: ganhou consiência do quão pequena era. A impressão era de que ela passou a vida inteira de olhos vendados, e repentinamente os descobriu, descobrindo também o mundo. Beleza, magia, miséria, tudo mostrava-se tão despidamente à ela, e ela, tão pequena que era e tão frágil que estava, notava as sutilezas que antes lhe passavam despercebidas. E já não havia mais linha tênue que distinguisse o real do imaginário; as verdades da mente e as verdades do mundo haviam finalmente se encontrado, fundiram-se e se transformaram em uma só. O caminho estava traçado, ela pôs-se a cruzá-lo...o outro lado é encantador, assustador e maior. O outro lado é a verdade da qual fugimos.

Jéssica R.

sexta-feira, 27 de maio de 2011





Eu optei por lutar. Não pense ser este um caminho sem volta; inúmeras são as oportunidades para se desistir. E a cada passo dado, mais surgem distrações, atalhos, caminhos tortuosos e as mais tentadoras - e sutis - formas de nos desviarmos do trajeto. Tudo o que se pede de nós é a força e a coragem para dizermos não àquilo que não nos cabe fazer. E sim para a fé em dias gloriosos, sim para a postura ética, firme e branda que devemos adotar. Sim para a atenção aos irmãos da caminhada. Sim para o progresso.
Abra as portas e as janelas pra que a luz possa entrar. E carregue o teu sorriso para os endurecidos você desarmar. Nao aperte o gatilho. Não beba destes pensamentos prontos. Isso tudo é uma máquina e você é uma pequena e fundamental engrenagem. Quebre. Pare. Desobedeça. 
Termine com a sessão de hipnose. 3...2...1. Abra os olhos para a verdade, e sinta você também o prazer que é optar por lutar.

Jéssica R.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Minha alma tá leve, e eu tô de volta !

sexta-feira, 8 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011


    




canetinha, caneta bic, lápis de cor e minha mão direita.

terça-feira, 29 de março de 2011

http://www.viradacultural.org/programacao

Vamos? :D

segunda-feira, 21 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

tô do avesso nesses dias, afim de fazer o inverso do de costume. e olha que nem tô de tpm heim.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dirijo (2008)

Duração: 13 minutos
Direção: Organização dos Professores Indígenas Mura e Raoni Valle



 

Uma coletânea de pequenos depoimentos de uma comunidade amazonense em que eles dão, entre várias denominações a uma certa planta, o nome de 'dirijo'. Muito usada antigamente entre os nativos para 'dar paciência durante o trabalho' (pesca e roçada), curar mal-estares, abrir o apetite dos adoentados e divertir o povo ao fim do dia em reuniões, foi atacado seu uso por missões proibicionistas da FUNAI, na década de 50. "Porque disseram que não prestava, que prejudicava muito eles, e eles foram deixando. Aí a cachaça ficou no lugar."
Tirem suas conclusões.


hipocrisianãotemlimites.


Jéssica R.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Obedecer, produzir e consumir; aí está a tríade que domina a sua vida.
[...]Não há nada que o assuste mais que a desobediência. Porque a desobediência é o risco, a aventura, a mudança.
(Documentário 'Da Servidão Moderna')

domingo, 30 de janeiro de 2011

. We're all ants .

Nós todos somos formigas. Todos, sem excessão. Que picam, incomodam e não fazem barulho algum. Que quando, individuais, se  importam com mesquinharias como pinçar o dedo de alguém por fúria, geralmente se dão mal em algum momento e são esmagadas. Que são minúsculos pontinhos imersos num pequeeno nada, num grande tudo. Que organizadas, podem desorganizar. Juntas, as milhares, milhões, bilhões de formigas podem sair de seus potes de açúcar e construir apoteóticos formigueiros subterrâneos, túneis em espiral tão exteensos e profundos que são capazes de derrubar imensos carvalhos, e em alguns casos, residências.
Antes de encerrar o texto, gostaria de pedir desculpas. É, eu menti. Porque enquanto essas mais de 6 bilhõees de formigas não abandonarem suas pequenices, convicções cegas, surdas, dogmáticas e adestradas, não pensarem no formigueiro como parte de si, em si como parte do forrmigueiro e não se unirem em prol de algo maior que grãos de açúcar espalhados na pia, não serão (seremos) mais  do que simples e meras não-formigas.

Jéssica R.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011


'Porque na rua ninguém mais se encontra, se esbarra. Ninguém mais se olha, se encara. Ninguém mais se ama, se amarra. Pra ser feliz, ninguém mais se joga se agarra!'
Mc Marechal