sexta-feira, 2 de abril de 2010

Concrete Jungle


Ontem foi um dia daqueles... preguiçosos. A calça de ginástica, o moletom velho e manchado, o bolo de cenoura no final da tarde. A modorra de um tempo que se nega a ir embora.
É uma fase mais “in” do que “out”, sei lá como explicar isso. É que ainda estou me reconstituindo... juntando os estilhaços, me montando pedacinho por pedacinho. É o que resta de nós, a cada ponto final. Cacos são, no fundo, tudo o que temos de verdade. No mais, é tudo muito efêmero.
Nesse mundinho de ordem de consumo, é tanto compre, queira, deseje... Vemos um bando de gente carente, que acha que ter vários “eu te amo” no Orkut é de fato, ser amado. Que ficar com vários é ser fodão e ter poder. Que gastar dinheiro é o pleno exercício da felicidade. E assim seguem muitos; caixa de entrada transbordando, perfil lotado, sacolas cheias e um vazio que até Steve Wonder enxergaria.
Críticas sociais à parte – o capitalismo que se foda – é...porque é que toquei no assunto mesmo?
Ah sim... a efemeridade das coisas. Isso! Bem... com toda essa enxurrada de informações nos meios de comunicação, com tanta gente nos empurrando tanta coisa, tudo vêm e vai, e passa muito rápido! E valorizamos o que nem tem valor. E não nos importamos com o que realmente importa. E é tanta pressa, que a essência não fica conosco tempo suficiente para ser...essencial.

“Não existe um caminho real para lugar nenhum.
Uma coisa de cada vez,
E todas em sequência.
O que cresce lentamente perdura."

'Where is the love to be found, won't someone tell me?' Beeem que o Bob avisou !

Jéssica R.

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