segunda-feira, 20 de dezembro de 2010






Em troca dos artigos que enriquecem sua vida, os indivíduos vendem não só seu trabalho, mas também seu tempo livre. As pessoas residem em concentrações habitacionais e possuem automóveis particulares com os quais já não podem escapar para um mundo diferente. Têm gigantescas geladeiras repletas de alimentos congelados. Têm dúzias de jornais e revistas que esposam os mesmos ideais. Dispõem de inúmeras opções e inúmeros inventos que são todos da mesma espécie, que as mantêm ocupadas e distraem sua atenção do verdadeiro problema, que é a consciência de que poderiam trabalhar menos e determinar suas próprias necessidades e satisfações. 

(Herbert Marcuse, filósofo alemão, 1955.)

sábado, 18 de dezembro de 2010

controlando minha maluquez

Ser sonhador não é fácil em um mundo em que te ensinam que tempo é dinheiro. Que aproveitar a vida é encher a cara ao menos aos sábados, sem pular um.
É bobeira olhar pro céu, ver as estrelas, fazer hora na garoa só pra sentir cada glóbulo d'agua tocar a pele, sentir o cheiro de grama, desenhar, cantar, dar risadas sinceras e beijar sempre como se fosse a última vez. Pensar no outro não é, assim, uma grande necessidade. Às vezes, é difícil enxergá-la como opção.
Mais vejo as pessoas tomando atitudes velhas precocemente, e desperdiçando um brilho inocente e alegre de criança. A mortalidade entre idosos diminuiu, é verdade; o que de forma alguma quer dizer que as pessoas estão vivendo mais; acho que sobreviver substitui bem o vocábulo.
Mas sabe, por mais foda que seja, algumas vezes até bate aquele "orgulho saudável" de manter viva a vontade de viver e o hábito de sonhar. Não como que o mérito fosse somente meu; pretensão a minha seria se assim pensasse. É Deus guiando sempre essa filha que às vezes se faz de surda, cega, enfim...
E eu tenho visto essa vida sendo tão maravilhosa comigo. Me ajudando a abrir várias janelas da minha mente...me fazendo enxergar coisas que antes passavam despercebidas. 
Eu ando vendo as pessoas enrijecidas, há dureza nas palavras, e não pensem que eu fujo disso...é bem verdade que minha paciência nunca foi a maior do mundo. Mas tenho convicção de que já foi MUITO pior, e isso é o que me alivia. 
Acho que meu maior defeito e qualidade em conjunção é o de saborear. É o segredo da felicidade, saber sentir prazer nas coisas, mas quando você quer abraçar o mundo, viver na linha do horizonte, conhecer tudo, sentir tudo, as pessoas não te aceitam. E parece bobeira se preocupar com a aceitação alheia, mas quando a sua liberdade depende do que algumas pessoas vêem de você, é como manter ave de rapina em gaiola.
O que eles não entendem é que eu já não engulo seus soníferos, e que a gaiola que me deram já não serve mais. Não quer dizer que eu não os ame com tudo o que eu tenho, mas sim que eu já não aguento mais ser podada como as árvores da cidade.


eu só digo uma coisa: me aguardem

Jéssica R.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pra quê tantas correntes?

domingo, 12 de dezembro de 2010

Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
E que triunfe a força da imaginação~

(Oswaldo Montenegro)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"e aliás cá pra nós , até o mais desandado
dá o tempo na função quando percebe que é amado;

e as pessoas se olham e não se falam , se esbarram na rua e se maltratam.
usam a desculpa de que nem Cristo agradou, flw, cê vai querer mesmo se comparar ao senhor?"
(Criolo Doido)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vinte e três anos é muito pouco. Tá difícil de entender sabe? Às vezes tá tudo numa boa, mas tem hora que a ficha cai, e eu me dou conta de que não vou mais te ver, te abraçar, ouvir suas bobeiras nem mais nada quase...e isso dói, incomoda. Porra viu, 23 anos é pouco mesmo!