domingo, 28 de novembro de 2010

Interpretando os fatos: as metáforas da vida (y)


Ah eu acho que tô ficando louca. As minhas poucas e últimas células sans, meus únicos traços de sobriedade, parece que estão sendo roubados dia após dia.
Eu tô vendo tudo à luneta e microscópio...essa proximidade toda assusta, sabe?
E ver que a possibilidade de se morrer jovem e com planos é real, ver que você pode estar bem hoje e não estar aqui amanhã, ver que em frações de segundos, passeios de bicicleta, moto, almoço, risada, sol forte e até uma ida à padaria mais próxima pode simplismente ser o último segundo, piscar e suspiro dessa vida que a gente leva tanto e tão pouco ao mesmo tempo, são dados no mínimo, muito intrigantes. Não, não me venha chamar de fúnebre. Muito menos de pessimista. É que, sinceramente? Dá medo. Eu tenho essa mania maldita de brisar nas coisas, pegar os fatos como se fossem pergaminhos bem comprimidos e os desenrolar, um por um, e digerir os assuntos, e pensar muito, por mais lento que seja o processo. E ver primo, amigo, cachorro, gato, papagaio indo embora tudo tão novo, me cheira a sussurro da vida, bem repetido e pausado, dizendo pra gente viver mais, sorrir mais, amar mais, curtir mais de cada um a nossa volta, empregar melhor o nosso tempo, tomar mais banhos de chuva, se sujar mais de barro, falar mais bobeira, olhar mais, admirar mais, e pasme, falar menos. 
A cada pesar eu sinto que maior é a minha responsabilidade de ser feliz aqui e agora. Vem o choro, vai um amigo, fica uma lembrança, e a certeza de que ontem foi um, hoje outro, amanhã pode ser eu ou você que está lendo. Por que não ter prazer em respirar e em olhar pro céu, em brincar com cachorros e fazer alguém se alegrar? 
"Não menospreze o dever que a consciência te impõe; não deixe pra depois, valorize a vida~"

Anderson, Fernando e Ricardo, esse foi pra vocês... olha por nós daí, galera!

Jah bless


Jéssica R.

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